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Visão: Tecnologia a laser é alternativa para correção de problemas oculares


Se livrar dos óculos de grau e lentes de contato já é possível graças a cirurgia refrativa

As doenças oculares acometem cada vez mais a população brasileira. Dados do IBGE identificaram mais de 35 milhões de pessoas com algum grau de dificuldade visual, sendo que a catarata, o glaucoma, a conjuntivite, a retinopatia diabética, a degeneração macular relacionada à idade e os erros de refração são os problemas mais recorrentes e as principais causas de perda na qualidade da visão no Brasil.

Os erros de refração podem ter a visão melhorada com a correção adequada do grau, com uso adequado de óculos ou lentes de contato. Essas soluções, no entanto, necessitam de visita regular ao oftalmologista para a verificação da correção de grau adequada, já que as receitas para confecção de óculos e lentes têm a validade de um ano, prazo este em que podem ocorrer alterações na visão que levam à troca das lentes e dos óculos.

A aquisição de óculos de grau de forma errônea pode ocasionar mudanças nas condições visuais do indivíduo e, dessa forma, prejudicar o tratamento de correção. “A correção incorreta pode fazer com que o paciente tenha sintomas como dor de cabeça, náuseas e fadiga, isso porque cada pessoa necessita de uma receita individualizada e personalizada para cada tipo de problema”, esclarece o médico oftalmologista do Instituto Visy, Fernando Pacheco Veríssimo (foto).

As lentes de contato, por sua vez, chamam atenção dos especialistas devido às infecções por doenças oculares graves que podem ser causadas pela má higienização no seu manuseio. “Uma das principais infecções por uso de lentes é a ceratite infecciosa ou úlcera das córneas, causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Ela provoca a opacidade das córneas, que é identificada como a quinta principal causa de baixa visão e cegueira no mundo”, alerta o médico.

Mas para quem enfrenta problemas oculares e deseja se livrar dos óculos e lentes e da oscilação de grau de um ano para o outro, já existem alternativas. “Atualmente, há tecnologias que tratam uma série de problemas, como astigmatismo, hipermetropia, presbiopia, miopia, ceratocone, fototerapia, facectomia com implante de lentes intraoculares e implantes de lentes fácicas e até transplante de córnea. Com essas tecnologias, conseguimos corrigir todos os graus existentes”, enumera o oftalmologista.

Tratamento

Com altas taxas de sucesso e baixo risco de complicações, a cirurgia refrativa é capaz de corrigir problemas de grau por meio de ação no globo ocular. “A longo prazo, a cirurgia a laser apresenta um ótimo custo-benefício em relação às lentes de contato e aos óculos de grau”, informa o Dr. Fernando Veríssimo. “Além de seguro, é um tratamento muito preciso e de rápida recuperação. O paciente sente o resultado de imediato”, completa.

As duas principais técnicas, segundo o oftalmologista, são PRK e LASIK. “Enquanto a primeira consiste na remoção do epitélio (estrutura mais superficial) da córnea e, posteriormente, aplicação do laser; o método LASIK faz uma ‘delaminação’ da córnea, para que o laser seja aplicado em seu interior”, explica. A técnica LASIK conta com duas formas de ser realizada: com microcerátomo, que é uma lâmina, e o laser femtosegundo (FS200 Alcon).

O tratamento do grau, conforme explica Fernando Veríssimo, é feito com Excimer 500 (EX500 Alcon). Além do aparelho topolyzer que realiza a detecção dos problemas da córnea dos pacientes, para que o laser possa realizar o tratamento de uma forma personalizada. Para o médico, esse tratamento é mais seguro do que o uso de uma lente de contato, sendo direcionado para pessoas que usam lentes multifocais que tem um valor mais alto no mercado.

“A perspectiva é que dentre o prazo de 3 a 4 anos esse tratamento se pague pelo prazo que aquele paciente ficaria usando óculos de grau. Se a pessoa usa óculos para miopia e lente de contato, na média de 6 anos que fizer o laser, o investimento inicial se paga”, compara.

“Para a cirurgia de correção de grau o paciente deve consultar um profissional da área para que haja avaliação do seu quadro, que sejam embasadas com fundamento científico, porque cada doença ocular necessita de um acompanhamento prévio de um médico oftalmológico especialista”, ressalta Fernando Veríssimo.

Por Naiara Gonçalves

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